Comissão Julgadora Municipal escolhe textos, e vídeo para a etapa estadual da 6ª edição da OLP

        

            Nesta terça-feira, 03 de setembro, às 14 horas, aconteceu a etapa municipal da 6ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa em Major Vieira.

            A Comissão Julgadora de Major Vieira, SC, Travessa Otacílio Florentino de Souza, 188 Centro, organizada por Marilda Rodecz – composta por: Marilin Cristine Silveira Schick, Janete Muchaloski e Cleonice Terezinha Papes de Oliveira, selecionou os textos e o vídeo relacionados abaixo para participarem da Etapa Estadual da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.

            Na oportunidade agradecemos a participação de todos e parabenizamos os professores orientadores dos trabalhos, bem como seus alunos.

 

Categoria: Artigo de opinião
Número: 409.767
Título: NÃO SEJA CÚMPLICE!

Na cidade onde eu moro, Major Vieira, há um caso muito grave de abuso sexual de crianças e adolescentes, um caso que muitas pessoas não têm conhecimento, mas está sempre acontecendo.
No ano de 2018 foram registrados quinhentos casos de abuso à menores de quatorze anos, dados fornecidos pela conselheira Sandra do Conselho Tutelar de Major Vieira, são dados altíssimos que vem a cada ano aumentando, o que faz com que isso não acabe? Será que os pais estão deixando os filhos de lado? São as autoridades que não encontram uma solução? Ou será que estas crianças estão crescendo mentalmente e querendo ser adultas logo? Bom, são vários os questionamentos, mas afinal nossas crianças não têm culpa pelos olhares mal-intencionados, eles não entendem ainda.
A falta de diálogo entre os pais é o que causa a desestrutura familiar, muitas crianças e adolescentes que já sofreram ou sofrem abuso não contam aos seus pais por medo ou insegurança; eles pensam que jamais vão ser ouvidos e muitas das vezes ficam calados e sofrem em silêncio.
O abuso sexual é um ato de extrema crueldade, praticado em crianças e adolescentes inocente, um ato que só de falar já dá uma repulsa; muitas vezes esses seres que praticam essa maldade fogem ou tentam escapar da prisão, criança nenhuma falaria uma mentira acerca de um assunto tão sério.
Coisas como essas têm que ter um ponto final, chega de nossas crianças sofrerem, esse é o momento deles brincarem, se divertirem, aproveitarem essa fase. Uma fase que talvez muitas crianças que passaram por isso não gostarão de lembrar de sua infância, sim, porque perderam a vontade de brincar por causa do trauma que sofreram, mas a dor é tanta que jamais conseguirão esquecer.
Os praticantes desses atos cruéis contra crianças e adolescentes podem ser um vizinho, um amigo dos pais, ou até um membro da família, precisamos cuidar para isso não acontecer mais.
Para evitar algumas medidas podem ser tomadas, como não deixar seus filhos com qualquer pessoa, os pais orientá-los sempre para não aceitarem nada de estranhos e quando eles forem tocados de formas diferentes auxiliar a contar para que uma medida seja tomada logo.
Os pais exercem seu papel em casa, e na escola como é? Bom, na escola as crianças e adolescentes também tem que ter auxílio, muita das vezes elas se sentem mais seguras com o apoio de um diretor ou de um professor, assim como os pais os membros escola também exercem um papel fundamental que pode ajudar a resolver essas situações.
Vamos cuidar de nossas crianças para que eles possam crescer saudáveis e com uma infância boa de ser lembrada.
Não seja cúmplice desse ato tão cruel, lembre-se de ficar atento a tudo que seus filhos estão passando, cuidar deles é sempre o melhor.

 

Categoria: Crônica
Título: BURACO NEGRO

Escola: Luiz Davet INEP: 42090148

Diretor(a): LEILA APARECIDA GREIN

 Professor(a): Vanessa Reichardt Krailing

Aluno(a)(s): VALERIA KRAUSS


Título: BURACO NEGRO


 Aqui sentada em um tijolo, na laje da minha casa em ampliação, numa das ruas vizinhas de Major Vieira, observando as luzes da cidade na boquinha da noite e apreciando a sua beleza observo no horizonte luzes caminhantes, que tento acompanhar com os olhos, mas elas somem em segundos. O Caminho das luzes é a nossa SC 477.
Lembro das histórias deixadas escapar pelos meus avós, pareço ver a estrada coberta de “macadame”, pedra ferro moído. Onde para se levar uma carroça de erva-mate à cidade mais próxima, Canoinhas, levavam-se dois dias. Um dia para ir, o segundo para negociar a erva, comprar o “riscado”, a “fazenda” (tecido) e o sal e encerrar o dia na viagem de retorno. Anos mais tarde meu bisavô comprou um caminhão com a partida a manivela, o querido “jabiru”, o que era raro na época. Apesar do meio de transporte evoluir, a estrada continuava de terra e em dias de chuva o atolador era garantido.
Até que enfim a estrada preta foi construída. No início parecia um sonho, era a “Route 66” do Planalto Norte Catarinense. Mas toda obra precisa de reforma, manutenção e reparos. Hoje o asfalto abandonado, sofre calado, em muitos locais falta sinalização, o mato e principalmente os buracos tomam conta da pista, maquinários agrícolas sem locais adequados para tráfego, e não posso esquecer de ressaltar que o futuro do nosso país passa por ali, estudantes universitários, crianças, jovens e adultos, trabalhadores, operários, e vários funcionários que trabalham nesta máquina diária de funcionamento do nosso país.
Cada gota de sangue derramado, pneu trocado, cada acidente provocado, fauna e flora sendo devastadas aumenta ainda mais a revolta da população, que já tentou de várias maneiras mostrar a importância deste caminho, por meio de protestos, mídias, moitas de mato e quando por fim os responsáveis não entendem, “a gente desenha”, pois bem alguns cidadãos já desenharam, pintaram algumas panelas (buracos), porque assim “todo mundo” vê.
Construir uma Rodovia não basta, ela precisa de manutenção. Exceto a 477 que parece ter desaparecido do mapa há muito tempo. Me pego aqui sentada, após esta viagem no tempo e em pensamentos e observo as estrelas. Imagino se aqueles pontinhos de luz seriam algumas das vidas ceifadas pela imprudência e incompetência, pela falta de amor aos animais, ou, pela falta de amor a sua própria vida. Ou quem sabe pelo descuido dos governantes, ou um pouquinho de cada, de cada história que se cortou, parou, desmoronou ali, naquela rodovia cheia de buracos negros.

 

Categoria: Memórias literárias
Número: 
408.835
Título: 
O DIA EM QUE TUDO MUDOU

Escola: Luiz Davet INEP: 42090148

Diretor(a): LEILA APARECIDA GREIN

Professor(a): Vanessa Reichardt Krailing

Aluno(a)(s): BRENDA REIS DO COUTO

Mais um dia eu acordo cedinho com aquela preguiça de toda manhã, pronta para ajudar minha mãe em casa.
Eu morava no interior de Major Vieira na localidade de Lageado liso, em uma casinha pequena com poucos móveis, mas cheia de felicidade e amor. Todo dia acordava cedo, ainda com bastante sono e ia colher algumas laranjas no quintal de casa, para fazer um delicioso suco de lanche da manhã, depois disso eu ajudava minha mãe em casa, me divertia muito lavando nossa pequena varanda, jogando água no chão e depois brincando e dançando nela, corria e escorregava, era uma pena ter que parar realmente limpá-la.
Todos os dias eu seguia essa ordem, mas o dia que eu mais esperava estava por vir, meu primeiro dia de aula! Lá eu iria aprender a ler, escrever… Cada vez dançava mais enquanto lavava a varanda, minha animação era tão grande que eu não consigo descrevê-la.
O meu tão sonhado dia chegou! Completei meus oito anos e agora podia ir para escola, mal esperava para conhecer meus colegas e começar a aprender.
Acordo e visto uma das únicas roupas boas que tinha, abri meu armário para pegar um sapato, quando abro vejo que não tinha mais nenhum vou triste falar com minha mãe ” não temos mais sapatos? ” ela ainda com mais tristeza responde ” filha não temos mais dinheiro para comprar sapatos” com meus olhos cheios de água eu saio para terminar de me arrumar, mesmo triste desse jeito me mantenho animada, termino de me arrumar e com muita felicidade saio para a escola.
O caminho era muito longe, quase sete quilômetros, uma hora de caminhada, a dificuldade de ir era grande, pois geava muito e eu estava descalço, pelo pouco que me lembro o caminho era lindo com muitas flores e árvores, algumas coisinhas simples, mesmo sendo sofrido eu amava ir. Chegando lá eu entrei na sala e me sentei em uma das primeiras carteiras, meu coração estava disparado de tão ansiosa, nossa professora entra, era uma mulher muito linda e alta, porém séria e brava “peguem suas cartilhas ” ( eram cadernos com letras bem grandes ). Tirei a minha da minha sacolinha simples que usava como bolsa “Alunos de quatro anos… ” nesse momento eu fiquei muito perdida, será que eu estava na hora ? ou será que minhas que minhas aulas não tinham nem começado ainda, só depois de um tempo descobri que nossa sala tinha alunos de todas as séries, aquele medo passa e respirar normalmente, era um alívio ver que não estava perdida no primeiro dia de aula.
A professora passa um trabalho, faço ele com orgulho bem feitinho… assim que termino começo a reparar no local, era parecido com um paiól, com chão de assoalho, as carteiras eram pequenas, quase nem cabiam os materiais, tinham alguns cartazes antigos dos outros alunos, era um lugar não tão grande, mas bem bonito, eu gostava muito de lá.
Eu estudei três anos, quase completei toda escola, pois só era quatro, no último tive que parar de ir, pois não tinha condições de comprar a cartilha, na época fiquei muito triste, porque queria muito cursar até o final pelo menos me esforcei até onde consegui estudar.
Hoje vejo que tenho dificuldades, mas elas não me atrapalham tanto, sei o básico e já fico feliz.
Ainda moro na mesma casa pequena, mas mudei muita coisa nela, continua linda e com muito amor desde 1966 até 2019, e espero viver nela ainda mais tempo.
Zelinda Ferreira Grein, 63 anos

 

Categoria: Poema
Título: MAJOR VIEIRA, MEU CHÃO

Escola: ESCOLA MUNICIPAL TIA CHIQUINHA  INEP: 42108438

Diretor(a): MARISA FERRAZ RIBEIRO

Professor(a): CIRLEI RUTHES ALVES DE LIMA

Aluno(a)(s): JORGE EDUARDO HAVRELHUK

Texto: Major Vieira, meu chão

O lugar onde moro
É uma cidade pequena
Chamada Major Vieira
Onde as pessoas se conhecem
De uma vida inteira

Aqui nessa cidade
Todos trabalham muito
A maioria na agricultura
E vivem com muita fartura

Cidadezinha de interior
De pessoas humildes e trabalhadoras
De pés no chão
Que plantam e colhem
Nessa terra abençoada
Que amam de coração

Colonizado por povos de muitas raças
Italianos, caboclos, poloneses, alemães
Que muito nos ensinaram
Das suas culturas e tradições

Quem foi embora daqui
Com certeza sente muita saudade
Das pessoas, das comidas típicas
Da cidade que recebe a todos
Com muita hospitalidade

Major Vieira abraça quem vem nos visitar
E deixa nas pessoas a vontade
De um dia voltar

O povo é muito querido
E quem chegar será aqui muito bem recebido
Sentirá no coração a certeza
Que viver aqui é muito bom
Nosso lugar é uma beleza

Categoria: Documentário
Número: 
409.524
Título: 
RIO CANOINHAS: Sua importância para Major Vieira/SC
Escola: Luiz Davet INEP: 42090148

 Diretor(a): LEILA APARECIDA GREIN

Professor(a): HENRIQUE ALVES DE LIMA

Aluno(a)(s): ANA LETICIA WEIMER, FABIANA LISBOA e KAUANE LUCACHINSKI


Texto: 1-ÁREA TEMÁTICA: HISTÓRIA LOCAL: RIO CANOINHAS.
2-SINOPSE:
O documentário Rio Canoinhas, sua importância para Major Vieira faz uma abordagem história sobre o rio que atualmente serve como fonte de abastecimento de água tratada para toda a cidade. O rio, que em antigamente era navegável servia de via de transporte de erva-mate, principal produto de econômico na época. A história de nossa cidade e região se construiu às margens desse rio, por isso a sua importância não somente hidrográfica e histórica, mas especialmente cultural e econômica.
3-PRINCIPAIS PERSONAGENS DO DOCUMENTARIO:
O principal personagem do nosso documentário é o Rio Canoinhas, principal afluente do Rio Iguaçu.
4-FONTES DE PESQUISA:
4.1 – Pesquisas bibliográficas e livros e revistas que trazem a história local
4.2 – Seleção e análise de fotos e documentos antigos;
4.3 – Entrevistas informais com busca de dados através de pessoas que conhecem o local, que moram nas proximidades ou que pudessem nos confirmar dados que foram encontrados em fotos e texto;
4.4 – Visita ao local, com orientação e acompanhamento dos professores de Língua Portuguesa e Química em diversos pontos do rio, desde a divisão do município com Monte Castelo até às margens do situadas próximo ao centro da cidade de Major Vieira. A visita teve como objetivos fotografar e filmar o espaço além de coletar amostras da água para estudos na disciplina de química, pelo fato de ser desse local que atualmente se coleta água para abastecer a cidade.
4.5 Realização de pesquisas da cidade na internet.
5-ESTRATÉGIA DE ABORDAGEM:
5.1- Análise de Materiais de arquivo (fotos, livros, revistas).
5.1 – Filmagem do local, fotos (diversas) para organização da narrativa, seleção de fotos antigas
5.3 – Entrevistas.
6-ARGUMENTO:
Nós escolhemos esse assunto por causa da grande importância hidrográfica, econômica e cultural. Nosso trabalho iniciou-se com o fato de que recentemente foi encontrada uma canoa que possivelmente pertencia a pessoas que usavam o rio como via de navegação e transporte de cargas. No decorrer da pesquisa, percebemos que o fato era muito relevante, mas que a história do rio em si era muito mais relevante. Por isso o escolhemos como nosso personagem, fazendo uma breve abordagem histórica desde o começo da navegação fluvial até os de hoje. Incluindo-se informações sobre o único salto fica ás margens da SC-477.
Nós escolhemos fazer o documentário sobre o Rio Canoinhas, pois é de grande importância para Major Vieira, tanto na economia quanto na cultura, e também porque é um assunto que muitas pessoas não dão importância.
Nosso Documentário relata a história e alguns fatos sobre o Rio que são pouco conhecidos.
Para conseguirmos informações, fomos em alguns pontos do rio e fotografamos, fizemos gravações, pesquisamos sobre sua história na revista de Major Vieira e na página da cidade na internet. E usufruindo desses materiais e do áudio que foi gravado, montamos o documentário de acordo com o que havia sido pedido.

7- ROTEIRO:
TÍTULO NA TELA:
RIO CANOINHAS: SUA IMPORTÂNCIA PARA MAJOR VIEIRA
SOM: (0′ – 10′) Sem imagem ouve-se apenas o áudio com som da correnteza da água do Rio – gravado dia 14 de agosto-2019:
narração voz over
1
A navegação foi um fator importante para Major Vieira.

(10´1″) Nove (9 FOTOS.ANTIGAS de Amazonas de Araújo Marcondes, de embarcação com passageiros, Bernard Olsen, pessoas trabalhando, embarcações carregadas de erva-mate, foto antiga de pessoas se banhando no Salto Canoinhas
Narração voz over
2
Criada em 17 de fevereiro de 1882 por Amazonas de Araújo Marcondes para suprir as necessidades de transporte, sobretudo da erva-mate, a navegação motorizada nos rios Iguaçu e seus afluentes teve em Campina dos Santos o último porto no Rio Canoinhas na sua porção navegável.
A maior parte da erva-mate era transportada de Major Vieira a Canoinhas através de lanchas como a “Eufrida” que pertenceu a Bernardo Olsen. O transporte fluvial desde Canoinhas até Campina dos Santos durou aproximadamente até 1930. O Rio Canoinhas também era a praia da cidade, onde as pessoas iam passar as tardes de verão com a família e amigos.
1”10′ – Vídeo com imagem atual do Salto Canoinhas
1″10′ – 1’42” fotos atuais do Rio e narração (voz over) com informações geográficas).
1’42” – 1’55” – Foto da caixa d’água da Casan e de pessoas visitando e da equipe deste documentário visitando o local
1’55” – 2′ – Foto da canoa encontrada recentemente.
Narração voz over
3
Principal Rio de Major Vieira
A Serra do Espigão é o grande divisor dessas águas que correm em direção ao Rio Iguaçu.
Maior afluente do Rio Negro.
Nasce na Serra do Espigão e seu curso possui 144 km.
Seu único salto ou cachoeira fica nos limites com Papanduva, às margens da SC-477.
Era chamado de Itapeba pelos primitivos, que significa pedra rasa ou cachoeira baixa.
Hoje é usado como fonte de água para Casan de Major Vieira.
E também as pessoas visitam o local, mas com menor frequência e vale lembrar que em uma dessas visitas foi achada uma canoa histórica.

8-CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO:
Nós fomos numa quinta-feira, de manhã dia 09/08 recolher informações sobre o assunto, tiramos fotos e fizemos vídeos.
Pesquisamos sobre o assunto na sexta-feira, dia 10/08 para fazermos um texto elaborando tópicos para o documentário.
E por fim, na terça-feira, dia 14/08 editamos as fotos e vídeos para o documentário, usufruindo também do áudio já gravado.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=TtoOKKBx02w&feature=youtu.be