Fecam defende unificação de mandatos com eleição geral em 2022

A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) iniciou nesta terça-feira, 9, e prossegue até quarta-feira, 10, uma rodada de reuniões envolvendo as 21 Associações de Municípios de Santa Catarina para debate e defesa da unificação de mandatos políticos com eleição geral em 2022.

Os encontros macrorregionais foram definidos durante webconferência com prefeitos e prefeitas na noite desta segunda-feira, 8, com objetivo de organizar ações e sensibilizar gestores e a sociedade da importância do tema.

Para a Federação, não existe ambiente adequado para manter o pleito em outubro de 2020. Além dos transtornos jurídicos e dos efeitos econômicos, os prefeitos demostram preocupação em relação a maneira de como conduzir o processo eleitoral, especialmente os riscos que o todo processo poderá causar à saúde da população. Outro ponto levantado pelos municipalistas, defendido amplamente em contexto nacional, são os custos que envolvem a realização das eleições no Brasil. Estima-se que serão gastos R$ 2,1 bilhões para financiar as campanhas, valores que, segundo a Fecam, poderão ser usados para combater o coronavírus e para tratar da saúde das pessoas.

“Se mantermos as eleições estamos colocando a população em risco e ameaçando a democracia. Estamos vivendo um momento em que não temos certeza do que está por vir. Não podemos privar cidadãos brasileiros de votar e de serem votados”, afirma o presidente da Fecam, prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini.

Além da mobilização estadual, Severgnini afirma que é preciso unir forças para que pauta municipalista ganhe destaque em todo o país, especialmente na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional.

Durante a reunião, os prefeitos comentaram ser insustentável organizar um diálogo eleitoral com a população em um cenário de insegurança e de medidas restritivas. “Precisamos garantir que seja um processo democrático para todos”, complementou o presidente.

Severgnini, defende também a unificação das eleições em outubro de 2021, e a partir daí, que os mandatos sejam de cinco anos sem direito a reeleição.

CNM REFORÇA POSIÇÃO
A reunião desta segunda-feira, 8, também contou com a participação do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi. O presidente reforçou que, no momento, o Brasil não tem condições de defender a realização de eleições neste ano e que adiar para novembro ou dezembro não diminuirá os riscos à população, além de causar dificuldades para o encerramento das gestões municipais. “Esse cenário exige atenção e cuidado. O que defendemos é para bem do Brasil e da população. Além do risco que a população corre, manter as eleições agora é contribuir para aumentar a disseminação do coronavírus.”, disse.

REUNIÕES MACRORREGIONAIS
As reuniões começaram nesta terça-feira, 9, pelo Extremo Oeste com representantes da Ameosc, Amerios, no Oeste com Amosc, Amnoroeste e Amai, no Meio Oeste com representantes da Amauc, Ammoc e Amarp e no Planalto e Serra com a Amplasc, Amures  e Amurc.

Os encontros contam com a participação on-line de prefeitos, executivos, vereadores, secretário, diretores e demais lideranças municipais.

Nesta quarta-feira, 10, acontecem as reuniões com Amavi, Ammvi e Amfri no Vale do Itajaí, Amplanorte, Amunesc e Amvali no Nordeste, Amurel, Amrec e Amesc no Sul, e a Granfpolis, na capital.