COHAB/SC promove encontro para debater mercado imobiliário de baixa renda do Estado

COHAB/SC promove encontro para debater mercado imobiliário de baixa renda do Estado

A situação do mercado imobiliário voltado para população catarinense de baixa renda foi o tema do seminário "A Ação Habitacional no Estado de SC", realizado no auditório da Assembleia Legislativa do Estado, no último dia 19/10. O evento, promovido pela Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (COHAB/SC), reuniu cerca de 220 representantes de municípios catarinenses, Caixa Econômica Federal e sindicatos e cooperativas da área de habitação. O município de Major Vieira foi representando pelas servidoras Paula Sarina e Mari Cléia Crisan.

Conforme o último levantamento divulgado pelo Ministério das Cidades, Santa Catarina é hoje o estado com o menor déficit habitacional relativo (proporcional ao total de domicílios) do país – 7,6%.

As regiões que concentram os maiores percentuais situam-se no Extremo-Oeste do Estado. Em treze Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs), o índice excede à média catarinense: Seara (11,29%), Xanxerê (11,02%), Itapiranga (9,70%), Dionísio Cerqueira (9,28%), São Lourenço do Oeste (9,08%), Maravilha (8,92%), Quilombo (8,71%), Videira (8,64%), Palmitos (8,57%), Concórdia (8,15%), Ibirama (7,74%), Canoinhas (7,63%) e Caçador (7,63%).

Em relação aos números absolutos, as maiores carências ocorrem nas SDRs de Florianópolis (13.141), Joinville (8.933), Itajaí (6.719), Blumenau (6.629), Criciúma (6.470), Lages (4.562), Xanxerê (3.899), Mafra (3.717) e Chapecó (3.686). No total, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem um déficit habitacional de 145 mil unidades.

A análise dos dados de acordo com a distribuição por faixas de renda familiar mensal aponta que são as camadas mais pobres da população que sofrem com a falta de moradia própria. A maior concentração é verificada nas famílias com renda de até três salários mínimos (77,1%). De três a cinco salários mínimos, 13,9% não possuem casa, e apenas 9% das famílias com renda acima de cinco salários mínimos ainda não são proprietárias de uma residência

O encontro na Capital abordou ainda temas como a regularização fundiária, a urbanização de assentamentos precários e as soluções desenvolvidas pelo poder público para atender a demanda existente.

 

Outubro de 2010