Major Vieira adquire colposcópio e cardiotocógrafo

A Secretaria de Saúde de Major Vieira recebeu na tarde desta quinta-feira, 28, dois importantes aparelhos para a realização de diagnósticos ginecológicos. Trata-se de um colposcópio (aparelho para realização de exames para obter diagnóstico e tratamento do HPV, Human Papiloma Virus, da vagina e do colo do útero) e um cardiocotógrafo (Aparelho para realização de exames através de um método biofísico não invasivo de avaliação do bem estar fetal. Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas). A Secretária de Saúde alexsandra Castro destaca a importância da aquisição. “Com esta tecnologia vamos oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais de saúde, e às pacientes oferecemos agora a comodidade de não precisarem mais se deslocarem até Mafra para fazer estes tipos de exames”, disse Alexsandra.

Sobre os aparelhos

Colposcópio 

O que é Colposcopia

A colposcopia é um exame realizado pelo ginecologista (ou a mando dele) para avaliar a vulva, vagina e colo do útero de maneira detalhada. Nele, é utilizado o colposcópio, uma espécie de binóculo que ilumina e amplia a visão da região. Porém, o uso de algumas soluções durante o procedimento também pode se fazer necessário, a fim de uma melhor observação.

Atenção!
Esse exame só pode ser realizado em mulheres que foram ou são sexualmente ativas. Para as mulheres virgens, um exame chamado vulvoscopia é o mais indicado, pois será realizado com um tipo de microscópio que permite a ampliação da região em até 40 vezes, fazendo com que a virgindade permaneça.

 

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Cardiotocógrafo

O que é cardiotocografia?

A cardiotocografia (CTG) tem por finalidade fazer um registro da atividade cardíaca fetal. O registro é feito em papel, na forma de traçado, e também observa as contrações uterinas e os movimentos fetais.

A interpretação do exame é realizada por meio de uma análise do traçado resultante da atividade cardíaca fetal e de sua variabilidade — ou seja, espera-se que a frequência cardíaca fetal varie junto com movimentos e contrações uterinas. Os padrões esperados de variabilidade são bem documentados e, assim, detectam as alterações com mais facilidade.

A CTG é um exame prático — pois não precisa da presença do operador ao lado da gestante —, relativamente barato e que traz resultados bastante confiáveis.

Como é feito o procedimento?

Para realizar o exame, a gestante pode ficar sentada ou deitada. Ela permanece confortável, pois o procedimento é indolor e não invasivo. São utilizados dois cintos com sensores na barriga da mãe: um para captar os batimentos cardíacos do feto e outro para descobrir a frequência e a intensidade das contrações uterinas. Se for uma gestação múltipla, há um sensor especial para cada coração.

O equipamento utiliza um estímulo sonoro na barriga da gestante, com uma fonte com frequência de 500 a 1.000 Hz, com o objetivo de verificar a reação do bebê.

Os dados obtidos são transmitidos para um papel ou para um monitor, em um gráfico, e depois são interpretados pelo médico. O exame pode ajudar a fazer uma avaliação do feto no final da gravidez ou durante o trabalho de parto — para averiguar se o bebê está em sofrimento, por exemplo.

Como o exame pode ajudar a mãe e o bebê?

A cardiotocografia (CTG) é fundamental para garantir que a gestação transcorre bem nas últimas semanas. Isso porque o resultado do exame, quando mostra algum desvio, pode indicar insuficiência na oxigenação cerebral do bebê. Essa deficiência pode ser causada por vários fatores, como:

  • posição do feto;
  • problemas na placenta;
  • cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê.

Desse modo, baseado no resultado da CTG, o obstetra pode definir o melhor momento e método para fazer o parto.

O exame deve ser realizado, por exemplo, quando a gestante sente que o bebê não está se mexendo ou está se movimentando pouco. Assim, o médico poderá entender o que está acontecendo. A cardiotocografia é indicada também para:

  • verificação da frequência e intensidade das contrações durante o trabalho de parto;
  • avaliação das condições do bebê também no trabalho de parto;
  • rompimento da bolsa antes da 37ª semana de gestação;
  • gestações que ultrapassam 40 semanas para garantir que não há sofrimento fetal;
  • gestações de risco, no caso de mães com hipertensão, diabetes, cardiopatias, anemias, entre outros problemas;
  • suspeita de infecção dentro do saco gestacional.

Com que frequência deve ser feito?

O exame de CTG é comumente solicitado no final da gravidez, após 38 semanas em gestações que transcorrem normalmente, durante o trabalho de parto ou a qualquer momento (em gestações acima de 30 semanas), desde que haja necessidade de avaliar a vitalidade fetal.

Assim, a frequência com a qual o procedimento deve ser realizado é a seguinte:

  • no caso de avaliação dos movimentos do bebê (caso a mãe relate que tenham diminuído): só até o procedimento apontar que está tudo bem;
  • após as 40 semanas de gestação: deve ser realizado a cada 48 horas;
  • no caso de gravidez de risco, por conta de alguma doença da mãe: a recomendação é que a CTG seja feita a cada semana ou a cada três dias, dependendo da condição de saúde da gestante.

Quais sinais indicam sofrimento fetal?

A cardiotocografia pode detectar sinais de sofrimento fetal. São eles:

  • FCF (Frequência Cardíaca Fetal) acima de 160 batimentos por minuto, que permanece assim, indica taquicardia fetal;
  • FCF abaixo de 110 batimentos por minuto indica bradicardia fetal;
  • o normal é que a FCF varie de acordo com os movimentos dos bebês ou quando ele escuta um barulho alto. Caso essa frequência permaneça constante ela indica sofrimento fetal;
  • quedas significativas na FCF demonstram desacelerações na frequência cardíaca do bebê;
  • desacelerações na FCF após as contrações podem indicar que o oxigênio do feto está diminuindo.

Como prevenir uma gestação de alto risco?

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30 milhões de bebês nascem prematuros no mundo, com baixo peso ou ficam doentes e necessitam de cuidados especiais.

A gestação de alto risco é uma realidade que pode ser causada doenças maternas, como hipertensão, diabetes ou infecções, pelo uso de álcool e drogas ou ainda ocorrer devido à obesidade, gestação múltipla, estresse ou por conta de outras doenças, como renais ou da tireoide. Há ainda situações de gravidez de risco por conta de um pré-natal mal executado.

Independentemente da causa, para prevenir esse quadro é fundamental realizar o pré-natal, com todos os exames, como ultrassonografias e a cardiotocografia (se necessário). A mãe deve seguir as recomendações médicas, ter uma alimentação saudável, hidratar-se bem e realizar atividade física com moderação.

Para que o acompanhamento da gestante seja seguro, ainda mais em casos de risco, é importante que a maternidade ou clínica médica tenha à disposição o exame de cardiotocografia. Esse é um procedimento de baixo custo que pode salvar vidas.