Major Vieira registra dois focos do aedes aegypti em março
A Secretaria de Saúde de Major Vieira informa, que neste mês de março o município registrou dois novos casos do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue, da Febre Chikungunya e do vírus Zika, que ocorre pela picada de mosquito. Ele tem em média menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. No dia 7 de janeiro, Major Vieira já havia registrado um foco do mosquito.
Os focos foram encontrados no bairro Sol Nascente e Nova Brasília.
O Aedes costuma ter sua circulação intensificada no verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.
O macho, como de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos, próximos a superfícies com água, local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adubo.
O Aedes aegypti põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouro naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.
É um mosquito urbano, embora tenha sido encontrado na zona rural, onde foram levados em recipientes que continham ovos e larvas. Próprio das regiões tropical e subtropical, não resiste a baixas temperaturas presentes em altitudes elevadas.
Estudos demonstram que, uma vez infectada – e isso pode ocorrer numa única inseminação –, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de, pelo menos, parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus.
As fêmeas preferem o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Atacam de manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Tanto a fêmea quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos terrenos ao redor.
Saiba como eliminar o mosquito em casa
Os depósitos preferencias para os ovos são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d’água ou outros reservatórios mal tampados, entre outros.
Saiba alguns cuidados para evitar o acúmulo de água onde o mosquito pode se reproduzir:
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Outros pontos em que as pessoas devem ter atenção são:
– Verifique se os ralos estão desentupidos e, se não estiver usando, deixe-os fechados ou com telas
– Observe a bandeja externa de água na parte de trás da geladeira
Sintomas e diferenças entre as doenças
Dengue, zika e chikungunya possuem sintomas parecidos, mas algumas caraterísticas podem ajudar a diferenciá-las. Não existe tratamento específico para as infecções por estes vírus. A orientação é que na presença de qualquer sintoma o paciente procure a unidade de saúde mais próxima. Além disso, deve fazer repouso e ingerir de bastante líquido durante os dias de manifestação desses sinais.
Alguns medicamentos, como ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por isso, ao apresentar os sintomas a pessoa não deve se automedicar.